Quem tem carro sabe que algumas peças só são lembradas quando dão problema, quer saber uma delas? Velas de ignição. E o motorista só lembra quando o problema se revela crítico!
O ideal é que sejam checadas a cada 10.000 km rodados, aproximadamente, e trocadas quando necessário.
As velas de ignição são responsáveis pela geração da faísca que inflamará a mistura de ar e combustível dentro da câmara de combustão. Tal explosão impulsiona os pistões, que conferirão movimento ao motor! É importante, portanto, dar-lhe atenção especial, uma vez que seu desempenho está diretamente ligado ao rendimento do motor.
1. Desgaste em excesso das velas de ignição
Ficar muito tempo sem trocar as velas de ignição pode causar erosão no eletrodo central e, consequentemente, tornar a alta tensão fornecida pela bobina insuficiente para gerar faísca.
O resultado é que o motor demora para pegar e, principalmente em subidas e durante a aceleração, ele dá solavancos.
2. Corrosão dos eletrodos
Os mesmos sintomas da situação anterior podem ser percebidos quando agentes e aditivos corrosivos no combustível ou no óleo lubrificante chegam a corroer os eletrodos. Esse caso, às vezes, é confundido com derretimento dos eletrodos por superaquecimento.
No entanto, o principal problema aqui é o uso de combustível de má qualidade por tempo prolongado, acarretando no acúmulo de resíduos que influenciam no fluxo de gases.
3. Carbonização seca
Uma fuligem preta e seca cobre os eletrodos e a cabeça da vela, podendo suscitar diversas causas, tais como:
– Filtro de ar sujo,
– Combustível de má qualidade,
– Afogador com mal funcionamento ou acionado por muito tempo,
– Carburador ou injeção desregulados,
– Faísca atrasada na ignição,
– Motor em baixa rotação por tempo prolongado,
– Uso de velas de ignição inadequadas, provavelmente, muito frias.
O problema pode ser identificado quando é difícil dar partida com o motor frio e quando ele falha em rotação de marcha lenta.
Imprima uma rotação bem alta em primeira ou segunda marcha por alguns instantes para que as impurezas acumuladas na ponta da vela sejam eliminadas.
Ainda assim, é fundamental fazer uma revisão dos filtros e da regulagem.
4. Carbonização oleosa
Nesse caso, os mesmos efeitos descritos acima são observados durante a partida e quando a marcha é lenta, contudo, a sujeira que cobre os eletrodos é preta e oleosa.
Isso indica que uma quantidade excessiva de óleo está passando do motor para a câmara de combustão, por desgaste ou defeito nos anéis de pistão ou nas guias de válvula.
O problema, aqui, deve ser mais grave e, provavelmente, atinge o cabeçote do motor. Um serviço de retífica é necessário.
5. Resíduo de chumbo
Um dos rastros deixados pelos combustíveis de péssima qualidade, é a formação de manchas amareladas em volta do isolador cerâmico.
Esses resíduos se tornam condutores elétricos quando submetidos à alta temperatura da câmara de combustão, comprometendo o funcionamento da vela e provocando falhas na faísca, especialmente quando o carro está em alta velocidade.
A simples limpeza não deverá ser suficiente, uma vez que o chumbo tende a vitrificar-se na superfície.
Outros tipos de resíduos e impurezas presentes no combustível ruim também podem ser encontrados na vela, em pistões, válvulas e cabeçote, uma vez que não são queimados junto com a gasolina.
Eles podem causar perda da potência do motor e outros danos.
Ao contrário do que acontece com o chumbo, limpeza e regulagem do motor deverão solucionar o problema.
6. Superaquecimento das velas de ignição
O derretimento parcial do eletrodo central por alta temperatura pode se dar por vários motivos, tais quais:
- Uso inapropriado de velas muito quentes
- Sujeira na câmara de combustão
- Defeito nas válvulas
- Ponto de ignição adiantado
- Velas mal instaladas ou muito apertadas, entre outros.
Como consequência, podem ocorrer danos ao motor, além de falhas na faísca.
7. Eletrodos central e lateral fundidos
A elevação extrema da temperatura na câmara de combustão devido ao uso prolongado de combustíveis e velas inadequados pode chegar a fundir os eletrodos central e lateral.
Quando a situação atinge esse nível, o combustível passa a ser queimado não pela faísca, mas por incandescência, podendo culminar na quebra do motor.
8. Quebra da base do isolador
Quebras e trincas no pé do isolador podem ser causadas por um eletrodo central danificado.
Outra coisa muito comum de acontecer é o uso de ferramentas inadequadas na hora de fazer a manutenção das velas, principalmente ao regular a folga entre os eletrodos, o que pode fazer com que o isolamento rache.
A falta do isolamento faz com que a faísca vá direto para a carcaça da vela, ao invés de passar pelo eletrodo-massa, fazendo com que o motor apresente falhas e dificuldade para pegar.
Também é de muita importância que o trabalho seja feito por um bom mecânico, que faça as manutenções com ferramentas adequadas e consiga identificar corretamente o problema, já que problemas diferentes podem ter sintomas muito parecidos.
Além disso, cada modelo de vela diferente requer um torque de aperto específico.
Também é importante seguir as recomendações de substituição, já que uma vez que a vela está danificada, dificilmente ela voltará a funcionar.
Uma vela de ignição em perfeita condição resulta em uma boa saúde para seu motor e economia de combustível.
Fonte: https://www.canaldapeca.com.br/blog/8-defeitos-comuns-nas-velas-de-ignicao/